A partir de hoje vou ver a vida como Balzac. Será que vou conseguir entender o que isso quer dizer? Trintei. E foi como piscar os olhos.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Proximidade com o fim do ano... vem chegando um novo ciclo
É fato que ultimamente tenho passado por novas crises. E acredito já ter deixado claro aqui o que penso sobre a produtividade das crises nas nossas vidas, levando em consideração o crescimento que podemos obter se aproveitarmos bem esses momentos. Até disse agora a pouco a uma amiga que para quem conseguiu resolver uma "dupla personalidade" sozinha (como eu), deve se safar de outros conflitos menores sem a necessidade de fazer terapia. O que tá pegando é que talvez eu não queira ou não tenha forças o suficiente para enfrentar sozinha mais uma vez o que me aflige.
Talvez a terapia contribua porque agora, como uma apenas que sou, fica mais complicado estabelecer um diálogo. Mas é tão burocrático, penso eu, ter que se sentar em uma cadeira e olhar pra alguém que nunca me viu antes, achando que esse ser terá todas as soluções para os meus problemas. E nem sei se a palavra certa seria burocrático... é que burocracia lembra uma chatice tão incômoda, que talvez traduza o sentimento de quem se expõe em uma sessão de terapia.
Mas pode ser que tudo isso seja um mero engano, uma vez que nunca fiz terapia, portanto não tenho propriedade nenhuma para falar sobre isso. É só uma sensação, que talvez nem se concretize caso eu tenha a oportunidade de realmente arrumar um terapeuta que me ajude a colocar os pingos nos is, os sentimentos no lugar, os desejos nas caixinhas certas ou fora de qualquer rótulo e conceito já existente. O que me dói no calcanhar é sempre essa confusão que se instala, embora eu venha desenrolando minhas neuras e nós devagarinho. Talvez eu só tenha que ter mais paciência e o resto se arruma. Talvez.
Porém, enquanto as respostas não chegam, me resta ficar aqui, arrancando os cabelos, sentindo cheiro de neurônio queimado de tanto tentar chegar a uma conclusão, tentando entender o que realmente é pra mim, que vai durar, que vai me tirar dos loopings que sempre entro na vida. Deve ser por isso que sempre gostei de montanha russa. Pela similaridade entre mim e ela. Entre as nossas curvas e as sensações que causamos e que nos causam. Entre o medo e o êxtase numa mesma volta. Temos e damos muitas sensações e é essa intensidade, que de vez em quando vem me arrebentando por dentro como uma força monstruosa da natureza, que me deixa assim... sem saber até como finalizar um texto, de tão distante que estou do que tenho e tão presente no que quero tanto e não sei se devo, nem se posso ter.
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