Hoje,
enquanto caminhava e orava, senti uma dor profunda ao perceber que os momentos
em que mais preciso de presença, são os que mais me sinto sozinha. E por mais
que o tempo passe, se tem uma coisa que ainda não aprendi, é a conviver com a
solidão. Essa solidão dos incompreendidos. Dos que gritam sem ser ouvidos. Dos que
sofrem calados para não incomodar. Dos que procuram incessantemente olhos
compreensivos.
Antes
eu me sentiria livre para pedir colo. Hoje, não mais. Meu ombro amigo é o
travesseiro. Meus conselhos estão nos livros. O abraço aconchegante é do urso
de pelúcia. Meu refúgio só encontro em Deus. Procuro a minha fé que anda tão
encolhida num canto qualquer em mim, por medo de se expor de novo e mais uma vez
não achar o caminho, ou as respostas. Ela ainda existe e quer se fortalecer,
mais do que qualquer outra coisa.
Porque
muitas vezes, esperança no futuro foi só o que me fez continuar. Essa certeza
de que em algum momento vai dar certo. Eu quero acreditar. Voltar a acreditar. Achar
a certeza inabalável de que o que é meu está guardado e que só preciso ter um
pouco mais de paciência. Mas o mundo não é paciente comigo. Ele me cobra. E eu
me sinto sem ar, buscando uma forma de respirar simplesmente.
Pai,
eu te peço só um pouco de consolo, para continuar o caminho, sem esmorecer. Principalmente
num dia como esse, em que estar sozinha e me sentir sozinha é o fardo mais
pesado entre todos os outros.
Não há companhia melhor que nós mesmos..
ResponderExcluiràs vezes essa é uma grande verdade
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