sexta-feira, 5 de outubro de 2012

MASTURBAÇÃO MENTAL





Sensação de plenitude e delícia. É bem assim que tenho me sentido comigo mesma. Uma vontade intensa de pertencer a mim e só a mim me doar. É quase um monólogo sem tédio, cheio de intensidade, descoberta, suspiros. Um sorriso que não sai do rosto. Por quê? Porque eu me amo e quanto mais o tempo passa, mais esse amor cresce. Mais o nariz empina. E não venha me dizer que isso é arrogância. Não é. Nem prepotência.
É amor, só amor, um desejo insano de ser minha, só minha. Não que as pessoas não tenham um papel fundamental na minha vida. Elas têm. Sem a maioria delas eu não seria nada. Reconheço. Entendo. Mas o que quero viver, agora, é esse tesão por mim que me consome. Me enche de cor. É vermelho. É ardente. É vibrante. É o que me faz acordar com fome, o sol ficar mais amarelo e a energia da lua lamber a minha pele e me fazer uivar.
Esse romance que só me dá alegrias me faz perceber, a cada dia, o quanto temos que ser a pessoa mais importante da nossa vida. O quanto temos que nos dar carinho, atenção. Entender que temos que ser gentis com o que somos, aceitar o que queremos, conviver com o que nos foi dado e aprender a amar tudo isso que te faz ser único, exclusivo, especial. Viver é um misto de razão e emoção, sentimentos que despertam, sentimentos que adormecem, sentimentos que nos desmontam, sentimentos que desaparecem.
E tá tudo bem. Que seja. Que venha. Que vá. Porque quanto mais o tempo passa, mais me sinto VIVA.

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