E
chega àquela hora em que tudo te cansa. As pessoas, os sons, as cores, os
efeitos. Tudo, absolutamente tudo. Não existe um motivo. O que existe é um peso
enorme nos ombros... Ombros que doem mais, quanto mais o tempo passa. E aí você
percebe que o cesto é pequeno para tanto lixo. Portanto, é inevitável o
transbordamento. Como a gota de água que, mesmo insignificante, faz transbordar
o copo cheio.
Quando
derrama é que faz sujeira. E a sujeira precisa de alguém para limpar. Mas limpar
nem sempre é tarefa fácil. Nem sempre existem pessoas interessadas nesse tipo
de serviço, braçal, nojento. Eu não me interesso. A verdade é que hoje é um dia
desinteressante. Do tipo que se pode facilmente tirar do calendário, pular,
fingir que nunca existiu. Mas ainda nem acabou.
Agora
que começou a noite e vou fazê-la ser breve, deitando a cabeça no travesseiro,
tentando dormir cedo, bem cedo. Porque hoje definitivamente é um daqueles dias
que tenho certeza que não deveria ter, sequer, levantado da cama.
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