Ontem
me disseram que eu tinha que parar com as minhas reações de adolescente. E por
um instante me senti até ofendida com esse conselho por achar que, na altura
dos meus quase 28 anos, não deveria agir, pensar, me comportar como uma garota.
Mas depois refleti sobre isso. E comecei a achar que ser comparada com uma
adolescente pode ser até um elogio. É me senti elogiada.
Acho
que realmente ainda existem em mim algumas características dessa etapa da vida
que não pretendo perder. O frescor é uma delas. Isso não significa que eu não
venha aquecendo. Sim, como todo mundo. Mas talvez um pouco menos que a maioria
das pessoas. E esse frescor, ser fresquinha no sentido jovial da palavra, me
traz a esperança juvenil no futuro e tira um pouco do peso que os anos colocam
nas minhas crenças quase ilusórias.
Também
me sinto eufórica como quando tinha 15 anos. E essa euforia me faz até dar
gritinhos e pulinhos típicos das adolescentes quando algo bom acontece. E não
sei se quero perder essa capacidade de sentir os momentos com todas as minhas
células e expor com todas as manifestações corporais possíveis. Eu sou a
expressividade e a entrega e não vai ser a maturidade que vai me recatar.
Ainda
reconheço... (não sei o que reconheço). O cursor ficou parado por minutos
intermináveis tentando achar mais comparações entre esta quase trintona que vos
fala e uma adolescente que nem fez 20 anos. Acho que vou ter que reconhecer
que, embora quisesse muito ter mais coisas para falar, a falta de verdade nisso
vai me obrigar a calar e parar este texto por aqui. Porque por mais que dentro
da minha alma alguns pontos ainda se mantêm jovens, outros já foram envolvidos
pelo passar dos anos.
Eu mudei.
Todos mudam afinal. E ás vezes é bom perceber a maturidade controlando a fera
que vem de dentro. É bom perceber que conforme a gente cresce, cordas que nos
amarram vão sendo cortadas. Mas se existe algo importante para mim, que devo
reconhecer, é o quanto a fragilidade adolescente se faz presente diante do amor.
O amor que me tira a segurança, a opinião formada, o olhar firme, a voz forte e
o andar preciso. E me deixa desengonçada, como uma garotinha, travada e trêmula,
que faz e fala um monte de besteira por simplesmente não saber o que fazer.
Ainda busco as vezes desesperadamente a "mulher madura de 40 anos" a cada boa surpresa da vida. O problema é que nunca a encontro! Mas acho que este não é o problema, é a minha solução! Gosto de me achar nestes instantes de pura adolescência, nos pulinhos e gritinhos de exagerada felicidade. Não os perca nunca também, acredite, eles fazem bem pra alma e pra pele...rsr..Beijo.
ResponderExcluiroi Fabíola... concordo com vc... eles fazem mesmo mto bem... espero não perdê-los =D
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