quinta-feira, 22 de novembro de 2012

AINDA ADOLESCENTE?



Ontem me disseram que eu tinha que parar com as minhas reações de adolescente. E por um instante me senti até ofendida com esse conselho por achar que, na altura dos meus quase 28 anos, não deveria agir, pensar, me comportar como uma garota. Mas depois refleti sobre isso. E comecei a achar que ser comparada com uma adolescente pode ser até um elogio. É me senti elogiada.
Acho que realmente ainda existem em mim algumas características dessa etapa da vida que não pretendo perder. O frescor é uma delas. Isso não significa que eu não venha aquecendo. Sim, como todo mundo. Mas talvez um pouco menos que a maioria das pessoas. E esse frescor, ser fresquinha no sentido jovial da palavra, me traz a esperança juvenil no futuro e tira um pouco do peso que os anos colocam nas minhas crenças quase ilusórias.
Também me sinto eufórica como quando tinha 15 anos. E essa euforia me faz até dar gritinhos e pulinhos típicos das adolescentes quando algo bom acontece. E não sei se quero perder essa capacidade de sentir os momentos com todas as minhas células e expor com todas as manifestações corporais possíveis. Eu sou a expressividade e a entrega e não vai ser a maturidade que vai me recatar.
Ainda reconheço... (não sei o que reconheço). O cursor ficou parado por minutos intermináveis tentando achar mais comparações entre esta quase trintona que vos fala e uma adolescente que nem fez 20 anos. Acho que vou ter que reconhecer que, embora quisesse muito ter mais coisas para falar, a falta de verdade nisso vai me obrigar a calar e parar este texto por aqui. Porque por mais que dentro da minha alma alguns pontos ainda se mantêm jovens, outros já foram envolvidos pelo passar dos anos.
Eu mudei. Todos mudam afinal. E ás vezes é bom perceber a maturidade controlando a fera que vem de dentro. É bom perceber que conforme a gente cresce, cordas que nos amarram vão sendo cortadas. Mas se existe algo importante para mim, que devo reconhecer, é o quanto a fragilidade adolescente se faz presente diante do amor. O amor que me tira a segurança, a opinião formada, o olhar firme, a voz forte e o andar preciso. E me deixa desengonçada, como uma garotinha, travada e trêmula, que faz e fala um monte de besteira por simplesmente não saber o que fazer.

2 comentários:

  1. Ainda busco as vezes desesperadamente a "mulher madura de 40 anos" a cada boa surpresa da vida. O problema é que nunca a encontro! Mas acho que este não é o problema, é a minha solução! Gosto de me achar nestes instantes de pura adolescência, nos pulinhos e gritinhos de exagerada felicidade. Não os perca nunca também, acredite, eles fazem bem pra alma e pra pele...rsr..Beijo.

    ResponderExcluir
  2. oi Fabíola... concordo com vc... eles fazem mesmo mto bem... espero não perdê-los =D

    ResponderExcluir